Débora acabou concordando com suas amigas, não tinha como negar, se tornou uma compulsiva por compras.No começo era divertido, relaxante, o termo consumista não a intimidava, levar algo, mesmo sabendo que não iria usar, lhe enchia de ânimo, mesmo que passageiro.
Se a carteira estava vazia, ela entrava nas lojas só para "xeretar", e escondia as peças, entre as aras, para garantir uma compra futura.
Acompanhava as novidades pela revista, estava sempre "antenada", ao mesmo tempo triste, vazia.
E quanto mais vazia se sentia, mais compras Débora fazia, e a alegria não perdurava, era só tomar as sacolas e colocar os pés para fora da loja, que a tristeza retornava com força.
Mesmo assim não foi fácil compreender que precisava de ajuda, mesmo com as gavetas e os cabides abarrotados.
Até que a fatura do cartão de crédito chegou.
Débora entendeu que perderá o controle, se não fossem os números não notaria o ciclo em que estava vivendo.
- Se você esta fazendo das compras um refúgio para sua alma, e melhor parar, e entender o que te oprime – disse uma grande amiga.
- Mas, será que existe solução para mim, estou me sentindo tão perdida! – disse Débora aos prantos.
- Claro que sim, se desejar se abrir, para se conhecer, superará esta crise, pois é como a palavra de Deus diz: conhecereis a verdade, e ela te libertará.
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