terça-feira, 16 de setembro de 2008

Jamais te esquecerá

No caminho para o orfanato, eu pensei - Senhor queria tanto um colo de mãe, por trinta minutos, onde eu pudesse me sentir amada.
Quando entrei no abrigo as crianças vieram me abraçar, e no meio da folia uma pequenina me abordou com graça.
- Você pode ser minha mãe?- Ela me interrogou.
E eu, mesmo não me sentindo preparada resolvi aceitar, e ela correu para contar a novidade a todos.
- Mas pra todo mundo que entra aqui, você vem com essa estória de mãe! – Uma garota a repreendeu.
- Deixa ela, eu pensei.

Deve ser dificil aceitar o fato de que um dia sua mãe ou qualquer parente proximo se foi, simplesmente se foi.
Um outro garoto chorava no canto da sala, o mesmo que me contou que seu pai estava preso, e sua mãe estava morta.
Algumas crianças no abrigo tem o coração endurecido, principalmente os adolescentes.
A palavra de Deus é confrontada com sua dificil realidade.
Como acreditar que um Deus tão bondoso, permitiu abusos, fome, abandono, faltas?- eles se questionam!
Na hora de ir embora um pequeno peralta chorou, talvez, porque mais uma vez alguém querido vai embora, e vai saber se vai voltar ?!! - Ele deve ter pensado.
A tia do abrigo me disse que ele chama pela mãe toda noite, pedindo pra contar histórias até pegar no sono.

Muitas vezes as pessoas falham e agem de forma irresponsavel. O que vemos nos abrigos e orfanatos e a consequencia de alguns desses atos.
Mas meus queridos por mais dificil que seja acreditar, Deus nos garante que ainda nossas mães venham nos esquecer, Ele jamais nós esquecerá, isso é uma promessa.

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