sexta-feira, 27 de junho de 2008

Admirando heróis

Sempre admirei heróis. Não seus super-poderes, nem seus esconderijos secretos, nem suas botas, nem suas luvas, nem suas capas, nem as mascaras que escondem sua verdadeira identidade, mas o privilégio de arriscarem suas vidas em prol de algo ou de alguém.
Quando criança tive momentos de heroína, em um deles, fui com minha turma impedir o corte de uma árvore, o vizinho ficou bem nervoso, e fomos expulsos aos berros!, mas mesmo assim me senti eufórica diante daquele ato heróico.
Heróis são compassivos, corajosos, cheios de força nem sempre física, grandes de coração, com visões de raios X que enxergam injustiças muitas vezes ignorada pela maioria.
Heróis podem correr o risco de perder a vida , mas eles não hesitam, porque a luta pela causa e maior que o medo que qualquer ameaça possa haver, isso me fascina!
Creio que Martin Luther King, sabia que correria riscos, a oposição estava sorrateira, tentando o brecar, mas a luta pelos direitos civis o impulsionava - ele tinha um alvo!
Zumbi dos palmares teve a oportunidade de aprender português e latim, ajudava diariamente na celebração das missas católicas, mas preferiu lutar contra a opressão portuguesa e a liberdade de seus irmãos escravos.
Moisés, um outro heroí, foi adotado pela filha de Faráo, educado como um príncipe mas não se conteve e matou um soldado que judiava de seu povo.
Ah, um verdadeiro herói não se corrompe, não se deixa manipular.
Não há dinheiro que pague um ideal de vida, não há diplomas que comprem a liberdade.
Se a atenção do momento estiver voltada para o próximo capitulo da novela das oito, um papo de heroi é considerado chato!
Jesus, foi por vezes incompreendido, ignorado, julgado, criticado, quase sempre mal interpretado até mesmo pelos seus!
Um verdadeiro herói não pode buscar a glória, o reconhecimento vêm do privilegio de ser diferente, de fazer a diferença a cada dia, em pequenos atos, de amor e esperança.
O verdadeiro herói toma os seus triunfos, seus talentos e dons, e vai em busca de seus objetivos.
Como um mendigo que todos os dias vejo cantarolar no semáforo com uma sacola na mão.
Mesmo sem aplausos, mesmo sem sorrisos, mesmo ignoto e debochado, ele vai, talvez, com a esperança de conquistar o pão, o seu objetivo.
Um herói que enfrenta a solidão, pobreza, e indiferença, e ainda sim, canta.

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