sábado, 14 de novembro de 2009

Somente ouvir.

Ao questionar o porquê de seu sumiço, a irmã comentou:
- Eu quase me separei do meu marido, e nesse ínterim, ninguém me ligou!
Eu, ao ouvir suas palavras retruquei:
- Irmã que essa rejeição caia por terra em nome de Jesus!
Nos cristãos gostamos muito de diagnosticar o que o outro sente, nos temos a palavra na ponta da língua.
Julgamos o que o outro pensa/sente, de acordo com nossas convicções e experiências, sem ao menos nos dar conta disso.
Há algum tempo fiquei bem chateada.
Eu estava comentando com uma irmã, que eu não conseguia entender como uma cristã no qual eu conhecia prosperava mesmo estando em brechas.
E de repente a irmã virou pra mim e disse:
- Você esta com inveja dela!
Eu sabia que não era esse o meu sentimento, quem um dia nunca chegou a pensar na prosperidade de alguém que não honra a Deus?
O salmo 73 e repleto dessas indagações, no final dele, Asafe escritor do Salmo, entende que a aparente alegria dessa terra é passageira, diferente da alegria de um justo que é eterna.
Isso não quer dizer, que mesmo depois dessa conclusão, muitas pessoas não vieram em algum momento de suas vidas a pensar como Asafé.
Em algum instante das nossas vidas questionamos algo, como a irmã, que expressou o que sentia quando passava por momentos difíceis!
Talvez ela esperou um abraço, um conselho, um apoio que por algum motivo não aconteceu!
Quem nunca passou por isso mesmo dentro da igreja?
Há momentos em que nos sentimos realmente sozinhos (mesmo sabendo que Deus está conosco, e que tudo na vida tem um propósito), isso não é necessariamente rejeição, ou murmuração, mas o estado em que nos encontramos.
Por isso devemos buscar maturidade, para discernir a hora certa de falar, de calar, de exortar, de julgar, ou de simplesmente ouvir, o momento conflituoso que o outro esta passando.

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