sábado, 1 de agosto de 2009

Conspiração contra a mulher!



Penso cá com meus botões que Paulo direcionou a mulher o alerta que diz, - Irai-vos mas não pequeis!
Sim, nós temos inúmeros motivos para nos irar, creio que há dias onde um mar de conspiração deseja nos afogar, pra começar esse tal de progesterona que insiste em se misturar com os outros hormônios no propósito de me ver nervosa!
Como se não bastasse, uma forte tentação se esconde dentro da geladeira, são as gostosas guloseimas que fazem engordar.
Se aqueles brigadeiros pudessem falar, eles diriam: - Me comam, me comam!
Só pra mais tarde me deparar com um jeans apertado!
Se o jeans pudesse falar, diria: - Bem feito, bem feito!
E você ainda duvida que somos alvo de uma conspiração quase secreta?
Agora que conquistamos nosso espaço no mercado de trabalho, as obrigações aumentaram.
Não basta apenas ser cristã, mãe, esposa, e profissional, temos que limpar a casa!
E penso comigo que a culpa do atraso no jantar é dos utensílios!, como a frigideira que agarrou o ovo, e o queimou ontem pela manhã.
Ah, se eu tivesse ouvido os conselhos de Paulo: - É melhor que não cases! Ele sim sabia o que dizia, se eu não tivesse me metido nessa, teria excluído metade de minhas iras.
Obviamente que algumas injustiças sempre iram me acompanhar, como quando estou no transito.
Eu fiz todos os exames e aulas de volante necessárias, passei de primeira na prova pratica, mas não estou livre de mesmo sem culpa ouvir um machão dizer: - Vai pilotar fogão!
E meu cabeleireiro que não respeita minha ordem quando digo: - É um dedinho e meio e só!
Ele sempre corta mais do que deveria...isso é de fato uma conspiração!
O mundo exige de mim perfeição, mas se a lei da gravidade e sua inseparavel amiga lei da soma da idade pudessem falar, diriam coisas horríveis ao meu respeito!
Olha esse papo que cai em direção ao pescoço, olha essas rugas na testa, no cantinho dos olhos, e essas varizes?
- Se essas varizes pudessem falar colocariam a culpa no sapato, o sapato culparia o trabalho, o trabalho culparia minha situação financeira, enfim, um jogaria a culpa no outro, e mesmo assim, mesmo assim, você me diria que não posso me irar? Paulo diz que sim!

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