domingo, 20 de julho de 2008

Até quando?

Sexta feira, estava no culto, quando comecei a ouvir o relato de uma irmã que não conhecia.
Ela me pareceu extremamente triste, tão presa a acusação, totalmente desenganada: - Eu disse para Deus que essa seria a ultima vez que eu viria aqui.
Depois de atentamente ouvi-la, vaguei na incerteza de saber se o que mais lhe angustiava era o pecado que cometerá ou o medo de confessar para alguém desleal.
Isso me fez refletir o quanto nos cristãos , estamos desprovidos de confiança, desprotegidos, feridos e desacreditados por aqueles no qual chamamos de irmãos.
Me lembrei o quanto me deleitei com uma amiga, nos éramos cúmplices, confidentes, sonhávamos juntas, o tal "não conte isso pra ninguém" não precisava ser mencionado, isso era fato garantido.
Hoje o meu confiar estende-se em "um olho no peixe e um olho no gato".
Também pudera, depois dessa minha fiel amiga, a maioria das minhas tentativas em confiar foram decepcionantes, minha tentativa em não me frustrar foram frustradas.
Mesmo na igreja, construímos relacionamentos superficiais, um "só podemos ir até aqui" ronda nosso inconsciente.
Quantas desilusões, quanto credito ao descredito, quanta alegria em difamar, em passar adiante o que não acrescenta, a não ser dor, facção.
Será preciso quantas pregações para começarmos a suportamos uns aos outros em amor?
Até quando beberemos leite? Até quando faremos o papel do diabo?
Nossos irmãos estão desfalecidos na casa onde se prega vida, acorrentados onde se prega liberdade, carentes e chamados de amados, muito contraditório!

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