quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Mentiras que sempre voltam

Sandra não se incomodava com os brinquedos que apareciam em sua casa repentinamente.
As "pequenas" mentiras que Joana contava também não lhe causava espanto, pelo contrário, a mãe se beneficiava quando a pequena tinha um bom desfecho.

Era só alguém impertinente ligar que a menina soltava alguma do tipo:
- Minha mãe não esta, foi no dentista com meu irmão!
Com o tempo, Joana foi aprendendo a se "virar", tênis e jaqueta nova apareciam sem seus pais terem comprado.
Sua mãe, mesmo não admitindo, sabia quem furtava o dinheiro na carteira, mas os comentários, e as suspeitas dos outros lhe traziam angustia, irritação.
Os anos passavam e Joana se empenhava em enganos.
- Meu pai mandou eu te pedir cinqüenta reais emprestado para pagar uma conta atrasada, - ela inventava pro vizinho.

Ao descobriu a mentira, Sandra não se empunha, não tinha coragem de enfrentar o problema, e a filha quase sempre, vinha com uma boa "desculpa", colocando um ponto final na conversa.
Até que um dia, Joana é levada presa, a mãe chorava aflita de frente da filha indiferente.
Nervosa Sandra entra no carro e vai em busca de um advogado,
enquanto dirige ela chora e se questiona:

- Aonde foi que eu errei?

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