Sandra não se incomodava com os brinquedos que apareciam em sua casa repentinamente.
As "pequenas" mentiras que Joana contava também não lhe causava espanto, pelo contrário, a mãe se beneficiava quando a pequena tinha um bom desfecho.
Era só alguém impertinente ligar que a menina soltava alguma do tipo:
- Minha mãe não esta, foi no dentista com meu irmão!
Com o tempo, Joana foi aprendendo a se "virar", tênis e jaqueta nova apareciam sem seus pais terem comprado. Sua mãe, mesmo não admitindo, sabia quem furtava o dinheiro na carteira, mas os comentários, e as suspeitas dos outros lhe traziam angustia, irritação.
Os anos passavam e Joana se empenhava em enganos.
- Meu pai mandou eu te pedir cinqüenta reais emprestado para pagar uma conta atrasada, - ela inventava pro vizinho.
Ao descobriu a mentira, Sandra não se empunha, não tinha coragem de enfrentar o problema, e a filha quase sempre, vinha com uma boa "desculpa", colocando um ponto final na conversa.
Até que um dia, Joana é levada presa, a mãe chorava aflita de frente da filha indiferente.
Nervosa Sandra entra no carro e vai em busca de um advogado, enquanto dirige ela chora e se questiona:
- Aonde foi que eu errei?
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