segunda-feira, 26 de maio de 2008

Givaldo


Givaldo estava ansioso. Sua esposa iria viajar e ficar fora por três dias para ajudar uma irmã adoentada.
A ultima vez que ela se ausentou foi no nascimento de uma sobrinha, por isso não via a hora da esposa viajar para que ele pudesse "curtir" a casa sozinho.
Quando Lucinha se foi ele se acomodou no sofá, estava feliz por saber que sua esposa não estava ali para ver as pipocas que caíram no tapete da sala, no contrario ela estaria falando no seu ouvido bem na hora do jogo.
Passado um tempo Givaldo se irritou. Seu time perdeu feio, e iria ser “zoado” pelos colegas no trabalho.
Chateado, procurava algo para assistir na TV.
- Mas não passa nada de bom! - ele resmungou.
Cansado de apertar o botão do controle remoto em vão, ele foi para cozinha. Sentiu vontade de tomar café, mas a garrafa térmica estava vazia.
- Não deve ser difícil preparar – pensou ele
Colocou um pouco de água, para muitas medidas de café, e se engasgou ao provar.
- Que horrível !!!
Foi para cama com raiva. Nunca tinha percebido o quanto era espaçosa. Lembrou-se da esposa.
No outro dia, quando acordou foi direto para o banheiro. Jogou o alito contra o espelho depois de ter escovado os dentes, e penteou os poucos cabelos.
Foi para o quarto. Abriu as gavetas da comoda. Olhou para as roupas fixamente tentando encontrar algo que pudesse combinar.
Colocou uma calça preta e uma camisa amarela, não tinha certeza se estava bom.
- Se ao menos Lucinha estivesse ali para me ajudar– pensou.
Foi para o bar da esquina, tomou um café rale com um pedaço de pão com manteiga, e pagou para um rapaz que o tratou secamente.
Chegou no trabalho atrasado, gastou tempo de mais no bar. Entrou em sua sala, sentou em sua cadeira e viu na mesa o retrato de Lucinha, soltou um sorriso.
- Vinte e dois anos de casado – pensou.
Depois de um dia inteiro de trabalho, foi para casa. Sentou no sofá. Pensou nos contratos que tinha fechado, queria compartilhar, ligou para seu amigo Pedro, mas ninguém atendeu.
Ligou a TV, mas nada lhe agradava. Resolveu ir tomar um banho.
Depois de orar, Givaldo deita na cama, sente uma saudade imensa de Lucinha, nunca pensou que ela faria tanta falta.
- E eu queria tanto tomar um cafézinho – pensou Givaldo.
O telefone tocou, era Lucinha.
- Mas você já esta na cama? – pergunta a esposa espantada.
- É porque....
- Mas não jantou?
- E que to meio sem fome.
- Tem certeza?
- Eu to meio indisposto e ai, você vem amanha?
- Vou, chego a noitinha, tenho que desligar.
- Já???
- Já, tchau, fica com Deus.
No outro dia Givaldo não foi pára o bar, temeu se atrasar de novo, seguiu direto para o trabalho sem café.
O dia demorou pra passar. Depois do expediente foi para a casa correndo. Se aprontou e esperou por Lucinha no sofá.
Quando a esposa chegou Givaldo estava esfuziante. Depois de alguns beijos, abraços, e muitos EU TE AMO, ele chegou em seu ouvido e disse:
- Querida eu preciso aprender a fazer café!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Mais que uma saia até o pé.

Como e que se chama aquelas mulheres que colocam saia até o pé mesmo, é crente ???
Foi essa pergunta que um conhecido meu me fez.
Mas será que é assim que o mundo identifica uma mulher cristã?
Mulheres que usam saía até o pé, que não cortam o cabelo, não podem pintar as unhas, não aproveitam a vida ( como eles dizem) não vão a praia, não podem dançar, não podem assistir TV, não praticam esporte, não podem opinar, nem exigir, muito menos errar!
A única coisa que fazemos e ir para a igreja, orar e ler a bíblia?
Pro mundo o fato de você beber, fumar um cigarrinho, entre outras coisas, não nos afasta de Deus, já que ele deve estar muito mais preocupado com aquele que mata e que rouba!
Você pode ter Deus, fazer o bem ( como se fazer o bem fosse apenas caridade) e aproveitar a vida sem problema algum, portanto tornar-se "crente" e abdicar de todos os prazeres da vida, e isso ja é demais!
É triste ver que essas pessoas vivem num engano total, e acham que abdicações são regras religiosas impostas por homens e não mandamentos de Deus.
Algumas confundem usos e costumes com a essência do cristianismo, quando na verdade Jesus disse que seríamos conhecidos pelo amor.
Há palavra crente significa aquele que crê ou seja até o diabo é, e cristão o que recebeu o batismo e professa a religião cristã.
Portanto seguir a Cristo é aceitá-lo como Senhor e salvador, é viver de acordo com os seus preceitos, almejando a sua santidade por completo.
Nada é imposto( pelo menos não deveria), nada pode ser cobrado, a entrega de nossas vidas e feita conscientemente e por amor ao sacrifício de Jesus na cruz.
E no nosso caminhar com Cristo, podemos fazer escolhas.
Podemos escolher entre beber vinho ou beber da agua da vida, entre assistir novela e nos contaminar com toda a promiscuidade ou assistir algo edificante, podemos escolher entre falar da vida alheia, ou abençoar alguém, entre fumar cigarro, ou ter uma vida saudável, nos guardar para nossos maridos ou nos prostituir e depois fingir que não nos sentimos vazias.
Toda escolha esta em nossas mãos, temos o livre arbitrio e algumas escolhem fazer aquilo que é agradável aos olhos de Deus.
É lógico que somos aperfeiçoadas pelo poder do Espírito Santo que com nossa permissão nos faz afastar de tudo aquilo que não é puro, tudo que não é amável, que não é verdadeiro, não é justo, não é respeitável, tudo que não tem boa fama.
Optamos por um ministério com regras que nos são cábiveis, é assim, decidimos se queremos ou não usar calça, se colocamos ou não brinco, maquiagem, anel, e tudo mais.
Vamos sempre a igreja porque amamos a Deus, somos adoradoras e queremos ser transformadas pela sua misericórdia.
Não fazemos parte de uma religião, de um ritual, ou de uma filosofia, só depois que vemos a luz, temos noção da escuridão.
Portanto a resposta é, Cristã é aquela mulher que usa saia ate o pé, que usa calça, que usa cabelo cumprido, que usa cabelo curto, que estuda, que trabalha, que revindica, que honra seu marido e sua casa, que ora, que ama, que se compadece, que perdoa, que ensina, que prega e profetiza, que respeita o próximo, que busca ser transformada, que procura viver os mandamentos de Deus, é que é salva pela graça.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Incumbido de fiscalizar a emissão de notas fiscais, um colega do meu pai, auditor, chegou a uma loja de auto peças, mostrou a identidade e ficou esperando o dono concluir uma venda.
Enquanto isso, um cliente ofegante entrou na loja, comprou uma lanterna e saiu mais rápido do que entrou.
Quando ele já estava na porta , o dono gritou:
- Espere!Esqueceu a nota fiscal!
E o cliente respondeu, adiantando o trabalho do auditor.
- Que nota fiscal?Você nunca me dá nota. Justo hoje que eu estou com pressa você me vem com essa conversa!. GR (Brasília)
Texto da revista Seleção

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Criança não tem cor, tem alma

- Essa boneca pretinha e da sua cor ne Valéria?
- E igual.
- E o cabelo e espichado igual ao seu? – perguntou Camile admirada com a semelhança entre meu cabelo e o da boneca.
- E igual ao meu!
- Mas a minha e branquinha, e o cabelo dela e lisinho igual ao meu.
- E verdade, ela e linda igual você.
Camile olha para mim, e depois de reflectir um instante me diz:
- Mas você também e linda Valéria.
Depois de um caloroso abraço ela me confidencia.
- Sabe Valéria, você me ensina muitas coisas!
Que responsabilidade e ensinar esses pequeninos.
Meu avô costumava dizer, faça o que eu digo, e não faça o que eu faço, mas sabemos que não e assim que as coisas acontecem.
As crianças se espelham em nós, elas captam tudo!
- Sabe a minha filha e muito boazinha, e o pai dela disse que vai me buscar daqui a pouquinho - Disse Camile farceira.
Ontem cheguei em casa e vi a boneca que a Camile tinha ganhado de aniversario.

Era diferente das bonecas que ela já tinha, era uma boneca negra.
Agora ela teria uma boneca “pretinha”, quer dizer uma filha pretinha igual a minha...porque criança não tem cor, mas alma.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Se as lagrimas falassem

O que tentamos esconder com a maquiagem?
O que da para disfarçar?
O que esta por traz de um sorriso?
Que os olhos não podem revelar.
O porque de uma agressão?
Onde está a ferida?
Quais as palavras que nos marcaram?
Quais as que queríamos esquecer?
Qual atitude nos atinge?
Qual nos impressiona?
Quem podemos enganar?
Ah, se as lagrimas falassem.